Justiça determina fornecimento de remédio a crianças e adolescentes com anemia falciforme.

 

Redação: Johelton Gomes (CCOM-MPMA).
O Ministério Público do Maranhão está acompanhando o cumprimento de decisão da 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís que determinou ao Estado do Maranhão a entrega regular do medicamento hidroxuréia a crianças e adolescentes com anemia falciforme. A doença ocorre, em sua maioria, com pacientes negros e afrodescendentes.
A decisão liminar, do dia 17 de dezembro de 2010, é resultado de Ação Civil Pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude no mesmo ano e foi confirmada em 27 de maio de 2012. O juiz José Américo Abreu Costa determinou a “dispensação regular, intermitente e suficiente do medicamento hidroxuréia a todas as crianças e adolescentes cadastradas na Farmácia Estadual de Medicamentos Excepcionais”.
O promotor de Justiça Márcio Thadeu Silva Marques alerta a população para ficar atenta ao cumprimento da decisão judicial. “Todo o descumprimento deve ser comunicado ao Ministério Público para que possa tomar as medidas cabíveis”. Na avaliação do titular da 1ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, a sociedade deve acompanhar e questionar eventuais desobediências.
Dano moral coletivo – Em apelação à Justiça, protocolada na última quinta-feira (24), o Ministério Público requer a condenação do Estado do Maranhão pelo dano moral coletivo decorrente da falta de fornecimento prévio do medicamento aos pacientes com anemia falciforme.
Sem o medicamento, crianças e adolescentes podem apresentar crises de dor nos ossos e articulações, inchaço das mãos e pés, úlceras na pele e infecções. Além do agravamento do quadro de saúde, pacientes correm risco de morte.
“A omissão ou o fornecimento irregular de medicamentos constitui prática ilegal. A precariedade da assistência farmacêutica, além de expor a vida de várias crianças a riscos, fere o princípio da prioridade absoluta do público infanto-juvenil, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirma o promotor de Justiça.

 

 

Facebook
Twitter (X)
Telegram
WhatsApp
Print
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support